Como você chama seu paciente/cliente?
- Mariana Baldani
- 6 de out. de 2020
- 2 min de leitura

Neste texto não tem certo ou errado, é somente minha opinião. Ontem comentei nos stories sobre o quanto me incomodava chamar os meus pacientes de pacientes rs. Claro que cada um, chamo-os por seus nomes, porém para chamá-los de maneira geral (quando não posso falar seus nomes) ficava muito incomoda com esse termo.
Paciente é um terno que traz uma ideia de passividade. É muito usado na medicina pra se referir a pessoa que está sendo tratada de alguma doença. Ou seja, o médico passa o medicamento e, por isso, ela costuma ser passiva no seu tratamento. O mesmo não acontece com meu trabalho: o ‘paciente’ é sempre ativo no seu processo de mudança. Eu não viro e falo “tome esses suplementos aqui” ou “coma isso e aquilo nesses horários”. Quando passo opções do que comer são muitas opções. Portanto, o paciente tem poder de escolhas - e a medida que vou ensinando suas maiores dificuldades na alimentação e no comportando que envolve, vai ajudando-o a ter autonomia alimentar. Paciente realmente não é o melhor termo para se referir a eles.
Cliente é um termo correto, afinal presto um serviço, mas é um termo muito mercantilizado e sem empatia alguma.
Indivíduo e sujeito são termos frios e que nos distancia de um bom vínculo terapêutico. O que chamar, então?
Surgiram muitas opções interessantes: 1. Pessoas - que são o que são, mas talvez pareça estranho “vou atender umas pessoas hoje”; 2. Compassivos - aqueles que tem compaixão; 3. Participantes - por participarem ativamente no tratamento; 4. Empatientes - mistura de empatia com pacientes e 5. Consulentes - aquele que consulta, que pede conselhos a outrem sobre algo. Amei todas opções e decidi que chamarei meus consulentes de consulentes! O que acharam?
Como vocês chamam seus consulentes? Acham que usar o termo correto pode ser vantagem ou indiferente ou ruim?
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