Comida e corpo são para toda vida!
- Mariana Baldani
- 7 de out. de 2020
- 2 min de leitura

Pensar que um alimento pode ou é proibido - por ser saudável ou não, por engordar ou emagrecer, por fazer bem a saúde ou não - te impede de ter paz ao comer. Essa dicotomia alimentar reforça a atribuição da diferença de vínculo de valor aos alimentos, o que favorece uma relação doentia com a comida e o comer. Mas o que é dicotomia alimentar?
É essa dualidade de permitido e proibido que dietas atribuem aos alimentos. "A salada pode, porque é saudável. Já o brigadeiro não, porque engorda". Fazer bem ou não à saúde, engordar e emagrecer depende de frequência, quantidade e contexto. A esse último: de nada adianta você comer a salada sem prazer e o brigadeiro com culpa.
Mas e o vínculo de valor aos alimentos, o que é? Os alimentos que são considerados bons como saladas têm uma atribuição de que eles tem um gosto ruim ou são sem graça. Os alimentos considerados ruins como os doces têm a atribuição que são gostosos. Por isso, esses últimos acabam sendo mais valorizados. Imagina um dia muito quente em que você está com muito calor. Colocaram em uma mesa, uma salada de fruta gelada e um brigadeiro na panela que acabou de sair do fogo. Pela atribuição de valor, é comum irem naquele alimento que "é proibido", pois essa proibição o deixa mais desejado. Porém, se ficar atenta ao que seu corpo diz, muito provável que ele gostaria da salada, ou até mesmo dos dois, não só o brigadeiro.
A dicotomia alimentar e o vínculo de valor aos alimentos levam a um nível de julgamento e pensamento que fazem nos desconectar com os reais sinais do nosso corpo. Será que vale a pena viver com esse conflito de não devo comer, mas quero comer por toda a vida?
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